terça-feira, 5 de setembro de 2017

Filé Chateaubriand ao molho de queijos


Quando os pratos de filé mignon predominavam nos cardápios dos melhores restaurantes e as pessoas consideravam prova de refinamento saboreá-los, uma das receitas de maior sucesso era o chateaubriand (grafado sem o circunflexo no primeiro "a"). Pela sua maciez, sabor e versatilidade, o prato jamais abdicará da excelência. Mas perdeu a nobreza de antigamente. Atingiram-no a crescente sofisticação da cozinha e o incompreensível desprestígio do corte bovino do qual procede. Promovido a estrela pela cozinha francesa no final do século 19 e início do seguinte, o chateaubriand corresponde ao "coração" do filé mignon, um músculo comprido e liso, localizado abaixo das vértebras lombares do boi, extremamente tenro, porque o animal praticamente não o movimenta durante a locomoção, fornecedor de três clássicas porções de carne. Com aproximadamente 1,5 centímetro de altura e entre 110 e 120 gramas de peso, chama-se medalhão. É amarrado pelos cozinheiros, a fim de adquirir o formato redondo e fazer jus ao nome, muitas vezes circundado por uma fatia de bacon. Se medir cerca de 4 centímetros de altura e pesar 180 gramas, vira tournedo. Recebeu esse nome no século 19, depois de um pedido extravagante do compositor e gourmet italiano Gioacchino Rossini - uma porção de filé sobre a qual fosse colocada um escalope de foie gras e lâminas de trufa preta -, que o maître do Café Anglais, de Paris, anotou envergonhado, virando as costas (en tournant le dos) aos demais clientes. Por último, se a altura da carne ficar entre 3 e 4 centímetros e o peso oscilar de 300 a 400 gramas, torna-se chateaubriand. (Jornal o Estadão - SP)

INGREDIENTES:
6 bifes de filé-mignon, altos (4 cm).
250 Gr. de queijo cremoso.
200 Gr. de Chá de Maionese.
1 CS de Cebola (Ralada).
1 CS de Salsa (Picada).
QB Azeite.
QB Sal.
QB Pimenta preta moída.

MODO DE PREPARO:
Carne: Temperar os bifes com sal e fritar no azeite, sendo 1 de cada vez, dourando todos os lados. Reserve e mantenha quente.

Molho: Misture todos os ingredientes (queijo cremoso, maionese, cebola, salsa, sal, pimenta) até obter um creme bem liso e cozinhe, em banho maria, por uns 10 minutos. Sirva a seguir sobre os filés.

DICA:
Querendo, substitua os bifés de filé-mignon por filés de linguado (dourados na manteiga), O resultado é excelente!
Para acompanhar nada melhor que um arroz feito na hora.

LEGENDA:
QB - Quanto basta.
CS - Colher de Sopa.

domingo, 4 de junho de 2017

Orégano


Senta que lá vem história.... Como diria alguns programas na década de 90'; hoje comecei a pensar sobre temperos, e querer conhecer um pouco mais sobre eles, vim compartilhar com vocês... Resolvi começar pelo orégano, pois além de ser um ótimo aromático é uma ótima erva medicinal.

HISTÓRIA
A palavra “orégano” tem origem grega, e quer dizer “alegria da montanha”. Para os gregos esta erva possuía a magia de trazer felicidade. Nos casamentos da Grécia antiga, os noivos se coroavam com orégano e plantavam nos cemitérios para assegurar uma vida feliz no outro mundo. Denominado de origanon (erva amarga) por Hipócrates na Grécia Antiga, o orégano é originário do Mediterrâneo, Norte da África e Oriente Médio. Participando da receita da pizza ficou conhecido no mundo todo. Na Idade Média era usado para curar infecções e dores de ouvido e os medievais utilizavam nas magias. Somente o uso da erva na pizza a tornou popular como tempero, sendo cultivado hoje na Europa, Ásia e Américas.
Apicius, o famoso cozinheiro romano, considerava o orégano essencial no preparo de molhos. Os romanos difundiram o uso do orégano através de seu império.

NA COZINHA...
...É um ingrediente imprescindível da culinária italiana, onde é utilizado em molhos de tomate, vegetais refogados, carne e é claro na pizza. Junto com o manjericão dá o caráter da culinária italiana. Em Portugal os orégãos são indispensáveis nas produções que envolve caracóis, e é usado também em caldeiradas e em saladas de tomate e queijo fresco ou requeijão. Aparece também, ainda que em menor medida, nas cozinhas espanhola, francesa, mexicana e grega.
Como outras ervas aromáticas, o orégano perde seu sabor se cozido, portanto deve ser adicionado aos pratos sempre no final.

DICA:
O orégano combina com diversas ervas. Faça com ele uma variação do bouquet garni fresco (ramo de cheiros), substituindo o tomilho. Use 3 ramos de salsa, 1 de orégano e 1 folha de louro. Experimente também acrescentar orégano à tradicional mistura francesa "fines herbes" (ervas finas), feita com estragão, cerefólio, salsa e cebolinha.

Vamos fazer uma horta em Casa?
É realmente muito fácil cultivar o orégano em casa, mas para que ele se desenvolva e tenha maior longevidade, o ideal é plantá-lo em um vaso de tamanho médio/grande ou ainda em um canteiro ou jardineira. A planta forma moitas rasteiras com flores pequenas na cor púrpura, branca ou rosa e seu plantio deve ser feito em solo leve e rico, que receba luz do sol direta e que seja protegido pelo vento. Necessita de sol e solo bem rico em material orgânico. Adicionar composto orgânico e húmus de minhoca à terra do canteiro.

CURIOSIDADES:
Nome Científico: Origanum vulgare L.
Nome Popular: Orégano, oregão, mangerona-selvagem, mangerona-silvestre
Família: Lamiaceae
Divisão: Angiospermae
Origem: Nativa de regiões montanhosas do sul da Europa (Lorrenzi e Matos, 2002) e da Ásia ocidental vegeta espontaneamente em diversas regiões da Europa, inclusive na Grã-Bretanha.
Ciclo de Vida: Perene

O orégano, conhecido cientificamente como Origanum vulgare L., pertence à família Lamiaceae (Labiatae) da qual também faz parte, manjericão (Ocimum basilicul L.), alfavaca (Ocimum gratissimum L.), hortelã (Mentha arvensis L.), alfazema (Lavandula angustifolia Mill.), alecrim (Rosmarinus officinalis L.), sálvia (Salvia officinalis L.).
Erva perene que pode variar entre 25 a 80cm de altura. É herbácea, com raízes em forma de caules subterrâneos. Bastante ramificada, com folhas pequenas, ovais e pecioladas. Suas flores são pequenas, podendo variar do púrpura ao branco. O óleo essencial desta planta possui cervacol, cimeno, linanol e tonino (substâncias que garantem as propriedades digestivas).

FONTES:
http://www.alimentacaosaudavel.org/oregaos.html
http://www.sensibilidadeesabor.com.br/oregano.html
http://www.iac.sp.gov.br/Tecnologias/oregano/oregano.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Or%C3%A9gano
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/oregano/oregano.php
http://www.jardineiro.net/br/banco/origanum_vulgare.php

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Filé de Peixe Crocante


Para começar a semana bem, vai uma receita, fácil e gostosa e muito nutritiva.

INGREDIENTES:
500 Gr. de Filé de Peixe (Tilápia).
3 Limões Médios (Suco).
250 Ml. de Leite.
QB Sal.
QB Pimenta do Reino.
QB Amido de Milho (para empanar).
QB Azeite (fritar).

MODO DE PREPARO:
Coloque em um recipiente, o Limão, Sal, Pimenta e misture. Depois adicione os filés de peixe, acrescente o Leite. Deixe uns 5 minutos (Ele ficará com ponto de calhada).
Em um recipiente coloque o amido de milho, empane os filés de peixe e frite-os no azeite. Depois é só se servir.

DICA:
Uma salada verde e legumes no vapor é um ótimo acompanhamento para o peixe crocante.

LEGENDA:
QB - Quanto basta.

CURIOSIDADE:
As tilápias são abatidas com peso que varia entre 550 a 600 gramas. É o momento em que proporcionam a melhor relação custo/benefício para o piscicultor. Resultam, de cada uma delas, dois filés com, aproximadamente, 100 gramas cada um, o suficiente para a refeição de um adulto. 
Do peixe tudo se aproveita. Extraído o filé, o couro da tilápia é muito requisitado para a fabricação de bolsas, cintos, carteiras e sapatos. O restante é utilizado na fabricação de farinha de peixe, que acaba como componente das rações que vão alimentar outros peixes. Dos restos de peixe também é extraído o óleo, muito utilizado na indústria de cosméticos. Sem contar que a carne é deliciosa !
Por ter carne saborosa, com pouco espinho, baixo teor de gordura – na proporção de 0,9 grama para cada 100 gramas – e de calorias, a aceitação pelos brasileiros foi rápida. Peixe faz bem a saúde !

Fonte: http://www.peixenarede.com.br/curiosidades/index.php

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

SAZONALIDADE

O que é SAZONAL?

Sazonal é um adjetivo que se refere ao que é temporário, ou seja, que é típico de determinada estação ou época. Estacional é sinônimo de sazonal e, como dito, consiste num período de tempo com começo, meio e fim, e que costuma regressar após um certo tempo. A sazonalidade de um evento representa que este costuma ocorrer sempre num momento temporal específico. Por este motivo, a palavra sazonal é bastante usada para se referir aos alimentos que são produzidos exclusivamente em determinada época do ano. Os produtos sazonais costumam variar de acordo com a sazonalidade climática do local. Em países com um clima sazonal acentuado (regiões temperadas), as características das quatro estações do ano costumam ser bem definidas: verão, outono, inverno e primavera.

SAZONALIDADE

Muitos alimentos, principalmente os vegetais, possuem uma época certa de cultivo e colheita. A sazonalidade é um atributo natural daquilo que ocorre em um determinado período, próprio de uma estação do ano. Isso acontece porque os vegetais dividem-se em espécies que se adaptam de maneiras diferentes ao clima de cada estação e até mesmo ao local onde são cultivadas. A sazonalidade é um fator muito importante para determinar a qualidade dos produtos, o sabor e o preço. Como a produção não está alinhada aos ciclos naturais de cada espécie de alimento, eles podem receber altas doses de fertilizantes e agrotóxicos, o que influencia muito na qualidade nutricional e sabor. Outro fator que também é afetado pela sazonalidade é o preço. Alimentos cultivados fora de época são mais difíceis de serem produzidos e rendem menos do que em sua época certa e consequentemente, o preço aumenta pela baixa demanda.Atualmente é possível encontrar a maioria dos produtos em qualquer época do ano, por causa das novas tecnologias no campo em que ha produção mesmo em condições adversas, mas a qualidade do alimento pode ser comprometida pelo aumento do risco de contaminação por fertilizantes e agrotóxico como pela menor densidade nutricional do alimento. O melhor é consumir alimentos produzidos dentro da sua sazonalidade. É bom para seu bolso, seu paladar e especialmente para sua saúde. Para manter consumo de frutas, legumes e verduras frescos no inverno procure dar preferência para os vegetais da estação e preparações quentes como chás, sopas e alimentos assados.


Etimologicamente, a palavra “sazonal” se originou a partir do latim satio, que por sua vez é derivado do verbo serere, que quer dizer “plantar” ou “semear”. Antigamente, as pessoas associavam o período (estação) de plantar com este termo, dando origem ao atual significado da palavra.


domingo, 12 de fevereiro de 2017

Bolo de Cenoura com Calda de Chocolate


Um dos melhores bolos para seu café da manhã...

INGREDIENTES:
4 Ovos.
190 Ml. de Óleo.
3 Cenouras Médias (descascadas e picadas).
400 Gr. de Açucar.
400 Gr. de Farinha de Trigo.
2 CS  de Fermento em Pó.

MODO DE PREPARO:
Bater no liquidificar os Ovos, a Cenoura e o Óleo, depois despeje em uma tigela, e adicione o resto dos ingredientes, deixando o fermento em pó por ultimo.
Unte um refratário com manteiga e Trigo e despeje a massa de bolo. Asse por uns 30Min. em forno À 180ºG.

COBERTURA:
Faça o famoso brigadeiro de panela, o ponto ideal é antes de deixar soltar da panela, espere o bolo esfriar para colocar a cobertura.

DICA:
Acompanhamento, Chá, Suco...

LEGENDA:
CS - colher de sopa

CURIOSIDADE:
Se existe um bolo muito querido no Brasil, pela sua praticidade, sabor e pela combinação perfeita de ingredientes, sem dúvida é o bolo de cenoura. Uma das questões mais interessantes sobre este bolo é que, apesar de ser uma receita extremamente recente, a sua formulação, em alguns aspectos, provém de técnicas medievais de padaria. Uma das primeiras coisas que precisamos entender sobre o bolo de cenoura, em sua receita atual, é que ele não é antigo dentro da nossa culinária, tendo vindo, muitos indicam, da variação americanas do mesmo, que é totalmente diferente, mas igualmente saboroso.
Como sempre, ao chegar aqui, o bolo de cenoura ganhou cores e sabores próprios. Sua massa se tornou mais aerada e a cobertura de chocolate ganhou sua vez, sendo possível fazê-la dura ou mais cremosa. De quaisquer das duas formas, o bolo de cenoura continua uma delícia. O interessante é que diversas sobremesas medievais eram produzidas com cenouras e outras raízes do tipo, pela sua grande quantidade de açúcares. Vale lembrar que o açúcar, tanto de cana quanto de beterraba, eram artigos de luxo na época e por isso nunca eram vistos fora da mesa da nobreza. Os pudins de cenoura chegaram a ser documentados na Inglaterra medieval, e tinham uma receita com semelhanças ao nosso bolo de cenoura atual.
As variações do bolo de cenoura são menores dentro do país, mas acontecem com muito mais frequência internacionalmente. Vários países do mundo têm receitas de doces de cenoura similares a bolos, mas as variações são tantas que nem sempre é possível reconhecer o padrão. Mesmo o bolo de cenoura americano, que deu origem ao nosso, têm tantas diferenças que nem parece aparentado: com variações com abacaxi e canela na massa e recheio e cobertura de cream cheese com nozes, estes bolos ficam muito parecidos com bolos de nozes, com um leve toque alaranjado. Já o nosso bolo de cenoura tem as suas principais variações na sua massa e na consistência do chocolate. De massas mais aeradas às mais consistentes até variações de consistências de chocolate, com direto a granulado e cobertura de creme de avelã, o bolo de cenoura tem, sem dúvida, uma uniformidade dentro do país que só pode ser justificada pela máxima “em time que está ganhando não se mexe”.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Danete Caseiro



Simples e rápido, Danete sempre é uma boa companhia para qualquer situação.

INGREDIENTES:

500 Ml. de leite de vaca
1 lata de leite condensado
1 gema de ovo
4 CS de amido de milho
200 Gr. de achocolatado em pó
1 lata de creme de leite fresco

MODO DE PREPARO:

Bata todos os ingredientes no liquidificador, menos o creme de leite. Depois de batido, leve ao fogo e vá mexendo até levantar fervura. Separe e deixe esfriar.
Depois de frio bata com o creme de leite na batedeira e leve a geladeira. Sirva gelado.

DICA:

Morango e Chantili para acompanhar é sempre uma boa pedida....

LEGENDA:
CS: Colher de sopa.
200 Gr.: 1 Xícara de chá.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Bolo de Caneca - Chocolate (Micro-ondas)


Para uma noite como a de hoje, uma receita bem fácil e gostosa ...!

INGREDIENTES:

4 CS de Farinha de Trigo.
4 CS Açúcar.
2 CS de Chocolate em Pó.
1 Ovo.
4 CS de Água Quente.
2 CS de Óleo.
1 CC de Fermento em Pó.

MODO DE PREPARO:

Misturar tudo e colocar em uma caneca ou copo, levar ao micro-ondas por 4/5 minutos em alta (90 - 100%). Depois é só servir.

DICA:

Não encher o copo ou caneca, deixar uns 2 dedos, para não derramar.
Faça uma calda de chocolate e coloque por cima.

Depois é só servir

LEGENDA:
CS: Colher de Sopa.
CC: Colher de Chá.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Sopa de Mandioca





Dica para acompanhar essa chuva de hoje!!!                                                                          Sopa de Mandioca feita com receita de Vó.... Que é a Melhor de todas...                     Aproveita o friozinho da noite e experimente esta receita de sopa de mandioca para o jantar.

INGREDIENTES:
500 Gr. de Mandioca.
200 Gr. de linguiça seca (defumada).
100 Gr. de bacon (picado).
500 Ml. de fundo de legumes ou ( 01 tablete de caldo de carne).
01 Cebola média (picada em cubos).
01 Tomate médio (picado e sem sementes).
QB Cheiro verde.
QB Sal.
QB Pimenta do reino.                                                                        

PREPARO:
Cozinhe a mandioca, deixe esfriar um pouco, em seguida bata no liquidificador (coloque aos poucos), até ficar um creme, aproveite a água do cozimento, para fazer a sopa. Frite a linguiça e o bacon, adicione o fundo de legumes ou dissolva o tablete de caldo de carne em água quente, e coloque junto à linguiça e ao bacon, coloque o creme de mandioca e os temperos e deixe ferver em torno de uns 20 minutos.                                                    
Sirva quente.

DICA:
Se por acaso a mandioca não for muito boa e não desmanchar no cozimento(acredite isso acontece com muita frequência), bata um pouquinho no liquidificador com o caldo se formou e volte pra panela para formar o creme).

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Gastronomia Brasileira - Região Norte

NORTE:

Influências: A forte presença indígena mesclada com a imigração européia diferencia a gastronomia do Norte de qualquer outra encontrada no país. É considerada por muitos o maior exemplo de culinária tipicamente nacional. Apesar de suas raízes amazônicas, a cozinha regional sofreu influência forte de imigrantes portugueses, logo no início da colonização. Depois, com o ciclo da borracha, outros povos chegaram e deixaram seus traços na culinária, como é o caso de libaneses, japoneses, italianos e até mesmo os próprios nordestinos que migraram para a região nesse mesmo período.
Principais ingredientes: mandioca, cupuaçu, açaí, pirarucu, urucum (açafrão brasileiro), jambu, guaraná, tucunaré, castanha do Pará.

Pratos típicos: Pato no Tucupi, Caruru, Tacacá, Maniçoba.




Gastronomia Brasileira - Região Sul

SUL:

Influências: A mistura étnica ocorrida na região Sul resultou em uma culinária completamente diferente do resto do país, com a presença ainda mais forte da cozinha italiana, alemã, além das já presentes portuguesa e espanhola. O churrasco, principal prato do Rio Grande do Sul, resultou de um fato histórico. Para catequizar os índios da região na época da colonização, os padres jesuítas introduziram a criação de gado e deixaram o rebanho sob a responsabilidade dos nativos. Com a chegada dos tropeiros paulistas e mineiros, que escravizaram os índios, o gado permaneceu solto pelos campos e se espalhou pelo sul do território, pois não havia predadores. Daí a abundância de pastos e a tradição do churrasco gaúcho. Com a chegada dos italianos, as massas, a polenta e o frango foram integradas ao hábito alimentar regional. Já a influência alemã, ficou restrita às colônias no interior do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O Paraná, apesar da forte influência italiana, conta com uma presença também significativa da culinária indígena, sobretudo com raízes e grãos.
Principais ingredientes: carne bovina e ovina, farinha de milho, erva-mate

Pratos típicos: Barreado, churrasco, galeto, sopa de capeletti, arroz carreteiro, sopa catarinense.



Gastronomia Brasileira - Região Sudeste

SUDESTE:

Influências: Até o século XIX, a cozinha do Sudeste era essencialmente influenciada pelas origens portuguesas, indígenas e africanas. Alimentos simples, como raízes, carnes, grãos e vegetais foram disseminados por todo o território do Sudeste, o que fez com que a gastronomia de cada estado se tornasse bastante similar em ingredientes e no preparo dos alimentos. A exceção é a culinária capixaba que, por sua proximidade com o Nordeste e grande área litorânea, tem uma forte presença de peixes e frutos do mar nos pratos do dia-a-dia. Após a chegada de imigrantes japoneses, libaneses, sírios, italianos e espanhóis, a diversidade gastronômica, sobretudo em São Paulo, aumentou. No estado, a culinária internacional mais integrada com a culinária típica paulista é a italiana.
Principais ingredientes: arroz, feijão, ovo, carnes, massas, palmito, mandioca, banana, batatas, polvilho

Pratos típicos: Tutu de feijão, virado à paulista, moqueca capixaba, feijoada, picadinho paulista, pão de queijo.



Gastronomia Brasileira - Região Centro-Oeste

CENTRO-OESTE:

Influências: A culinária da região é altamente influenciada pela pecuária, uma das principais atividades econômicas do território, daí a grande preferência da população do Centro-Oeste por carnes bovina, caprina e suína. Os ciclos de imigração também trouxeram a culinária africana, portuguesa, italiana e síria. E a forte presença indígena liderou a preferência regional por raízes. Ao norte do estado, a proximidade com o Pará refletiu diretamente no preparo de alguns pratos, principalmente os que são feitos com carne-de-sol e pequi. O Mato Grosso do Sul, no entanto, sofreu forte influência da culinária latino-americana, sobretudo nos ensopados de peixe. Devido à diversidade da fauna pantaneira, carnes exóticas e peixes típicos da região, como o Pacu, o Pintado e o Dourado também fazem parte do cardápio local.
Principais ingredientes: Pequi, mandioca, carne seca, erva-mate, milho.

Pratos típicos: Arroz com pequi, picadinho com quiabo, sopa paraguaia, empadão goiano, caldo de piranha, vaca atolada.



Gastronomia Brasileira - Região Nordeste

NORDESTE:

Influências: A diversidade climática (tropical na costa e semi-árido no interior) tem reflexos diretos na culinária nordestina. Desde o litoral de Pernambuco até o da Bahia, a presença africana se nota mais forte devido aos resquícios da escravidão durante o ciclo da cana. Já em Alagoas, os frutos do mar são mais recorrentes devido às suas diversas lagoas costeiras. No Maranhão, a influência portuguesa é ainda mais forte que nos demais estados da região, e o consumo de temperos picantes, muito comum no litoral, é menor. No sertão nordestino, o próprio clima favorece o consumo de carnes, sobretudo a carne-de-sol e os pratos feitos com raízes. A culinária das comemorações juninas também é típica do interior.
Principais ingredientes: Azeite de dendê, mandioca, leite de coco, gengibre, milho, graviola, camarão, caranguejo.

Pratos típicos: Acarajé, vatapá, caranguejada, buchada, paçoca, tapioca, sarapatel, cuscuz, cocada.



Gastronomia Brasileira

Culinária brasileira é uma grande mistura de tradições, ingredientes e alimentos que foram introduzidos população indígena e imigrantes. Ao longo de mais de 500 anos de história, a culinária brasileira é resultante de uma grande mistura de tradições, ingredientes e alimentos que foram introduzidos não só pela população nativa indígena como por todas as correntes de imigração que ocorreram no período. Cada região do país tem sua peculiaridade gastronômica e sua culinária adaptada ao clima e à geografia. Além disso, o próprio descobrimento do Brasil remete à culinária, já que as caravelas portuguesas desembarcaram aqui em 1500 enquanto navegavam em busca das Índias e suas especiarias. Devido às diferenças de clima, relevo, tipo de solo e de vegetação, e povos habitando uma mesma região, é muito difícil estabelecer um prato típico brasileiro. A unanimidade nacional é, talvez, o arroz e o feijão, cujo preparo varia conforme a região. No entanto, a mistura de dois ingredientes tão comuns na mesa do brasileiro, apesar de característica, ainda não é suficiente para resumir toda a complexidade e a riqueza da culinária nacional.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

História da Gastronomia - Parte 02

 De Caçador à Agricultor: Primeira grande mudança na alimentação – Do homem caçador nômade para o agricultor civilizado. Por volta de 75.000 AC – Homo Sapiens (Neandertal): Uso do fogo para a alimentação, e a partir deste momento o homem se diferenciou dos animais. Usos de estacas como espetos. Por volta de 35.000 AC a 10.000 AC – Homo Sapiens (Moderno): Criação de armas (arpões, rede, etc.). A elaboração culinária está associada à inversão e aprimoramento dos utensílios de pedra e barro. Primeiras sopas e os Caldos Substanciais. Organização de caça em grupos e a carne sendo evidenciado como principal alimento e também surge a necessidade de um sistema complexo de sinais, desenvolvendo a linguagem. Armadilhas. 10.000 AC A 2.000 AC – Início da Agricultura, o período Neolítico na Pré-História: Cultivo de terra: - Arroz, Cevada, Trigo, Milho. Cultivo de Frutas; Maçãs, Laranja e Cerejas. Leguminosas; - Favas. As três ferramentas transformadoras. Primeiros ritos associados às colheitas. Invenção da roda para o arado. Objetos de cerâmicas aprimoradas – Ânforas. Domesticação dos animais – Ovelhas e porcos. Primeiras aldeias e o aumento demográfico significativo. IDADE ANTIGA – Período de 4.000 AC até o século V (Pão e Vinho): Segunda grande mudança na alimentação – Da necessidade ao prazer excessivo com os grandes banquetes e as influências Religiosas. 4.000 AC a 2.000 AC – Tecnologias de cocção – Influências Egípcias: O uso do forno, a fermentação e a fabricação do: Pão, trigo, azeitona e mel. Cultivo de legumes e verduras – Batatas, cenoura, ervilha, cebola e alho. Fabricação da cerveja e do vinho – Tecnologia de fermentação espontânea. Domesticação do gado e galinha. Leite e manteiga. Fundição e utensílios de bronze. Uso de sal e a introdução de temperos. O inicio das sobras alimentícias e o aparecimento das cidades na Mesopotâmia Meridional, na parte do Crescente Fértil. O inicio das civilizações e os costumes e rituais, das preparações e refeições como comunhão entre os homens. 700 A 300 AC – O início da Influência Oriental: Restrições alimentares; Os chineses proíbem o consumo de certos animais  já começam a tratar a culinária como ciência a arte. O Taoísmo enfatiza a noção de equilíbrio na alimentação; - Início da influência Religiosa na alimentação. O alimento como remédio e a inserção de diversos ingredientes na alimentação. 700 a 300 AC – Grécia Antiga e a trindade do pão, vinho e azeite: Arkhestratus (384-322 AC) que escreve o tratado dos prazeres, conhecido como Gastronomia. Estrutura de cozinha e utensílios. Cozinha forte e picante com a utilização de muitos temperos para aristocratas e mazza uma espécie de mingau de cevada para os camponeses e escravos, este último representando a classe responsável em preparar e transformar os alimentos. Início da formação de brigada: Mageiro (Cozinheiro, masseiro); Cenophoros (sommelier); Eletros (Chef de saída). Após anos de experiência os escravos começaram a formar as brigadas denominadas acima e logo os mageiros se transformam em archimageiros ou o atual chef de cozinha. Os padeiros tornaram-se famosos e mais tarde os melhores padeiros romanos eram gregos ou de origem grega. O início dos horários das refeições. Festa e homenagem a Dionísio – Deus do vinho para os Gregos e Baco para os Romanos. 300 AC até século V DC – Império Romano: O sal como produto comercial da região e a primeira moeda de troca. Alimentação por classe social. Queijos defumados. As pessoas comiam deitadas em camas dispostas num ambiente chamado Triclinium. A base do tempero era o garum ou liquamem, um fermentado de vísceras de peixe que valia mais do que o ouro. Banquetes exagerados regados a vinho e muita comida, sendo servida a comida no primeiro momento e o vinho e frutas secas em outro momento mais longo das refeições, chamado de simpósio. A colher era o único talher utilizado. A grande influencia grega com as guerras e a conquista Romana sobre a Grécia. Trouxe da Síria a grande influência do savoir-vivre e dos hábitos alimentares do Oriente Médio que representavam a hospitalidade e as boas maneiras à mesa. Os chefes se tornaram organizadores de banquetes e pessoas importantes. Os romanos catalogaram várias espécies de ingredientes. Considerado o primeiro livro de cozinha com receitas, chamada também como De re coquinaria, escrito por Apicius. A carne de porco era a mais consumida, inclusive com a charcutaria. A queda do Império Romano. IDADE MÉDIA – século V a XI: As Especiarias e os Mosteiros. Feudalismo a as primeiras propriedades alimentícias. Comia-se muito e a moda era ser gordo. Século V – Invasões Bárbaras: Conhecido como invasão dos estrangeiros, destacam-se, neste processo, os Godos (originários do sudeste europeu), os Vândalos e os Anglos (da Europa central), entre outros povos germânicos e eslavos. Considerados por muitos, a hibernação da Gastronomia, período na história que se caracteriza por alimentação nômade e exploração e sem um quadro evolutivo de transformação. Caracterização européia pelo modo social econômico feudal. Bizâncio ou império Bizantino, será a guarda do legado cultural Greco-romano e acrescentará o cristianismo como uma força unificadora. A cebola e o alho eram os temperos mais utilizados. O peixe é a principal proteína consumida e influenciada pela igreja. Bizâncio ou Constantinopla como também é chamado, representa uma passagem do Oriente para o Ocidente. A sua localização é estratégica e favorece o comércio de produtos. Século VIII ao século XV – Invasão Muçulmana: A invasão muçulmana do Oriente para a Europa e trazem com eles as laranjas, gado, café, arroz, açúcar, noz-moscada, canela, hortelã, anis e outras especiarias que estimularia grandes expedições pelo mundo. Com os Muçulmanos, os ocidentais aprenderam os cuidados de higiene pessoal, banho diário e técnica de destilação. O Império Bizantino inventa a toalha de mesa, os talheres e a mesa para as refeições. Peste Negra ou Peste Bubônica devasta 1/3 da população Europeia. A igreja católica romana dita às regras alimentares da Antiguidade – Regra de São Bento. Monges Beneditinos, irmãos leigos, fundam o mosteiro de Citeaux e iniciam assim as abadias produtoras e transformadoras de alimentos, neste sentido guardam e preservam os conhecimentos alimentares antigos, principalmente da arte do vinho e da cerveja. O Inicio das grandes navegações e a procura de novas rotas marítimas. Escola de Sagres e o início do domínio de Portugal e Espanha no comércio internacional. A descoberta do continente americano por Cristovão Colombo. A viagem de Vasco da Gama à Índia, passando pelo Cabo da Boa Esperança. Queda e tomada de Constantinopla pelos Turcos e outras grandes cidades se desenvolvem impulsionadas pelo comércio urbano. O manuscrito Le Viandier, de Taillevent o principal documento gastronômico da época. IDADE MODERNA – Século XV até o século XVIII: A Alta Renascença e a Européia Classista. Uma nova forma humanista, natural e científica de ver o mundo. Século XV – As descobertas: Ciclo das descobertas e intensificação do comércio de especiarias no Ocidente. Veneza se torna o principal centro comercial da Europa. Chegada dos primeiros americanos na Europa e dos europeus na América e uma evolução gastronômica com a diversidade de ingredientes. Início da formação dos impérios coloniais Europeus nas Américas e o início do capitalismo europeu. O mercado de escravos africanos na Europa se torna muito lucrativo entre a classe burguesa. Os principais produtos da América para a Europa foram feijões, batata, tomate, milho, pimentão e cacau. Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil. As grandes navegações portuguesas e espanholas no mundo oriental, levando com eles alguns ingredientes europeus e americanos. O banquete com grande influência romana representa num espetáculo, neste sentido o efeito do evento é de surpresa e de grandes repercussões. A principal obra literária na época e uma das primeiras impressas, tanto na França, como, na Itália, foi De honesta voluptare, de Platina de Cremona, pseudônimo do historiador italiano Bartolomeu Sacchi. Século XVI – O auge do Renascimento: O início da exploração dos navios da Companhia das Índias e o favorecimento comercial da Inglaterra e da Holanda. Cozinha italiana fica forte, junto com o Renascimento. Banquetes fortíssimos, comida barroca, vários temperos misturados. As entradas de produtos orientais dominam os mercados europeus e mudam os hábitos alimentares de forma gradual. O auge dos hábitos da ameríndia na Europa e a batata como ingrediente valorizado. Os pratos individuais são utilizados, juntamente com talheres e taças individuais. Aumenta a intensificação do intercâmbio entre a Itália e Flandres. A burguesia se fomenta como uma classe de poder, dividindo o espaço com os Nobres Europeus donos dos Grandes Castelos. O grande pacto entre Itália e a França com Catarina de Médicis e Henrique II, levando da Itália para a França o conhecimento, as boas maneiras, as técnicas gastronômicas com os cozinheiros e a elegância da corte papal, na qual a Itália dói à precursora. Surge o início do refinamento de técnicas, ingredientes e modos, colocando a França como evidência no Mundo Gastronômico. Surgem às tavernas e os albergues de Paris, inclusive, fundado o albergue de alto nível chamado La tour d’Argent, que seria intitulado por muitos historiadores o primeiro restaurante. Século XVII – Gosto Francês como referências e o triunfo da manteiga sob o azeite da culinária Mediterrânea. Hegemonia da cozinha francesa. Chef da corte francesa, La Varenne em seu livro Le Cuisinier Fraçois escreveu receitas padronizadas e instruções de serviços. Uma de suas criações é o molho Bechamel, em homenagem ao Marquês de Béchameil, evidenciando a importância da manteiga e ervas frescas neste período da cozinha francesa e da haute cuisine. Luís XIII estabelece em sua corte uma ordem no serviço e nas apresentações, fazendo assim um ajuste para evitar as extravagâncias e aproximando os nobres e a dietética na gastronomia. No reinado de Luís XIV, vem a tona uma nova cozinha francesa e as refeições elaboradas com muita grandeza se tornam espetáculos com detalhes e técnicas surpreendentes, evidenciando a arte e os prazeres à mesa. Nestes espetáculos podemos citar o mais famoso maítre d’ hôtel, Fritz-Karl Watel, conhecido por Vatel. As cozinhas planejadas dos grandes castelos representavam a importância da gastronomia da época. Não só as elaborações, mas arte e modos à mesa têm seu auge na corte Luís XIV. Começa a serem utilizadas as taças de cristais. Depuração do gosto e novas formas de estimular e apreciar o prazer gustativo. Invenção da máquina a vapor na Grã-Bretanha. Dom Pérignon, na abadia de Hautvillers, na região de champagne, observando a segunda fermentação nas próprias garrafas guardadas, cria a técnica chamada de champenoise e o início do gosto pelos espumantes franceses. Na Grã-Bretanha, é inventada a primeira máquina de semear puxada a cavalo, permitindo a mecanização da agricultura. A França começa influenciar alguns países por meio da moda gastronômica. Século XVIII – A Burguesia Holandesa. Revolução Francesa e a disseminação dos restaurantes, no qual muitos chefes empregados da aristocracia francesa serão contratados ou abririam seus próprios restaurantes dando a oportunidade da Haute cuisine para quem tivesse condições para pagar, ou seja, iniciando a democratização da cozinha. Na Espanha, os mercados surpreendiam com as variedades de frutas, verduras e também pela alta qualidade da charcutaria devido à suinocultura hispânica. Portugal influencia o oriente e o Brasil demarcados pelos seus territórios do império colonial. A Holanda e a suíça aprimoram a técnica de fabricação de chocolate, trazido das Américas pelos espanhóis. Na Grã-Bretanha, é inventada a primeira máquina se semear puxada a cavalo, permitindo a mecanização da agricultura. A Burguesia dos Países Baixos, predominantemente os Holandeses, se enriqueciam e começavam a explorar a produção alimentícia em alta escala. Surge em Paris o primeiro restaurante chamado Boulanger, nome que se refere ao proprietário, onde servia sopas restauradoras, intitulando o termo restaurante (do francês restaurant) como um significado para a “comida restauradora”. Revolução Industrial e a cultura em massa. Surgem estabelecimentos para a comercialização de produtos. Marie Antoine Carême faz a primeira sistematização da Grande Cozinha Ocidental e contribui na busca de combinações ideais, em vez da justaposição característica da cozinha medieval. Neste sentido engrandece a cozinha Francesa e a leva ao auge gastronômico. IDADE CONTEMPORÂNEA – Século XVIII até os dias atuais. O mundo prático e industrialização do fast food e a grande desconstrução da cozinha. O desenvolvimento do capitalismo e a globalização. Século XIX – O novo combustível das cozinhas: Brillat-Savarin, escritor epicurista ou como filósofo da mesa como era chamado, lança anonimamente o seu livro chamado. A Fisiologia do Gosto (La Physiologie du goût), obra sobre o paladar refinado. Na Grã-Bretanha começa a ser utilizados fogões à Gás, Geladeira e mais tarde forno elétrico. Nos restaurantes o menu, informa o que seria servido, termo que só começa a ser utilizado na Restauração. Napoleão por motivos de guerra, premia Nicolas Appert, conhecido como pai da conserva. Nos anos seguintes juntamente com a Pasteurização de Louis Pasteur, representaria o principal foco para a industrialização dos alimentos.Thomas Alva Edison inventa a primeira lâmpada elétrica comercialmente viável e começa a ser usada a energia elétrica com outras finalidades. Invenção da Coca-Cola e no mesmo período a publicidade e suas   técnicas para dar credibilidade a um produto. Inicia um processo intenso e de grandes mudanças nos hábitos alimentares. A invenção do Hambúrguer nos Estados Unidos, a simplificação da refeição e a intensa industrialização. George August Escoffier e Fernand Point simplificam e padroniza os procedimentos culinários da “Grande Cozinha”- Escola Moderna de Cozinha, também chamada como a Haute cuisine internacional. Escoffier com seu livro Guide Culinarie traz grandes mudanças na profissão da gastronomia e torna-se indispensável na cozinha profissional. Neste sentido, trata-se uma nova forma organizacional da cozinha profissional, visando a setorização da cozinha, o trabalho em equipe racionalizado organizado hierarquicamente e a simplificação dos pratos para serem mais rápidos. Século XX – A Nouvelle Cuisine versus fast food: Com a utilização do combustível fóssil, o desenvolvimento dos transportes e o modo capitalista, iniciam-se um grande deslocamento populacional e turístico intenso na Europa. A grande parceria entre a hospitalidade de Caesar Ritz e a Gastronomia Auguste Escoffier, confere a maior internacionalização da Haute Cuisine e a maior difusão da gastronomia profissional pelo mundo. Os utensílios de cozinha passaram por grandes mudanças, inclusive no material, passando do cobre para o alumínio, níquel e material inoxidável. Fusion Food, ou misturas de cozinhas e conceitos de diversas etnias. Surge o primeiro guia de restaurantes e viagens, o Michelain, que está até hoje ditando moda na gastronomia mundial. Nos anos 50, a moda das lanchonetes americanas, Fast Food. Na França na década de 70, como a nova hegemonia a Nouvelle Cuisine - representa na inovação da Grande Cozinha com grandes influências orientais. Os grandes Representantes deste movimento: Fernand Point, Paul Bocuse, Jean e Pierre Troigros, Michel Guérard, Roger Vergé e Raymond Oliver. A filosofia da Nouvelle Cuisine: Porções mínimas, pouco cozimento, temperos frescos, preservando o sabor natural de cada ingrediente, respeitando a sazonalidade do alimento e as apresentações primorosas e individuais. Sucesso do Fast Food e a grande influência dos hábitos alimentares por todo o mundo. Na França com participação de outros países, surge a cozinha como laboratório ou denominada, cozinha molecular. Um dos precursores desta vertente foi Hervé This. Nos anos 90, na Catalunha, chamada de revolução catalã, comandada por Ferran Adrià, ou também chamada de cozinha de vanguarda dá início à hegemonia espanhola na gastronomia e com ela, vem outras vertentes da mesma época denominadas a desconstrução das preparações. Na Itália é fundado um movimento chamado Slow Food por Carlo Petrini, iniciando assim uma forte valorização do alimento em sua produção, na elaboração e na confraternização da refeição coletiva. No ano de 2000, consolida por meio de influências da Nouvelle Cuisine francesa e da cozinha espanhola de vanguarda de Ferran Adrià, a cozinha chamada Tecno emocional e seus novos equipamentos trazidos dos laboratórios de química e física.

História da Gastronomia - Parte 01

A alimentação sempre foi objeto de grande preocupação da civilização e caracterizou grandes mudanças na sociedade, tanto na pré-história quanto na sociedade contemporânea. Partindo da necessidade fisiológica de buscar alimento para poder interagir na sociedade, o ser humano, enquanto coletor na pré-história, praticava o ato da escolha na observância dos itens disponíveis na natureza, porém tal escolha baseava-se na necessidade, portanto, a coleta era um ato limitado à necessidade e não ao prazer do alimento ou na preocupação em reservá-lo. O fato de poder escolher ou ainda a utilização do fogo para cocção dos alimentos denota a busca pelo prazer e sobrevivência, portanto, o homem pré-histórico dotado do livre arbítrio e informações básicas, pratica a Gastronomia, que segundo Arkhestratus é o “estudo das leis do estômago”. O poderio Romano também gerava grandes avanços na alimentação, sendo alguns de seus costumes herdados nas culturas alimentares mais representativas do mundo moderno, como a italiana e francesa. A civilização asiática se mostrou muito mais evoluída na percepção do alimento e já em 600 A.C. tinha a alimentação como “medicina do povo” e buscava equilíbrio com a natureza para assim equilibrar o corpo e a alma. A Gastronomia como produto começou a ser explorada nas estalagens ainda em Roma dos tempos antigos. Após a Renascença, o mundo ocidental civilizado viu uma grande mudança na percepção do alimento e deste ritual, que destacava características dessa sociedade complexa. A cultura alimentar francesa foi grande inspiradora no ocidente, que, aproveitando do momento histórico favorável ao seu desenvolvimento e disseminação, ditou as regras da aristocracia e burguesia européia entre os séculos XVI e XX. O chefe de cozinha na França era a mão de obra talvez mais bem paga e, portanto estes eram verdadeiros ditadores do modo de se alimentar das altas classes, que também era ambicionado pelas classes mais pobres – era o modelo francês impondo-se no mundo. Tal produto tornou-se ainda mais famoso com o advento do restaurante, estabelecimento tipicamente francês e logo adotado pelo mundo. O século da pós-cozinha é inspirado nos chefes de vanguarda que com idéias modernistas e conceitos franceses que ditavam modelos, fez do ato da alimentação suplantar a ideia básica de nutrição, ou nutrição aliada ao prazer, à caracterização de um momento único, que de tão rápidas as mudanças, um conceito muda diariamente, dependendo da interpretação. No século XXI, se paga altos preços em restaurantes especializados em servir pequenas porções do tamanho de colheres que são nada mais que grandes experiências momentâneas. O modelo Francês que de tão hedonista progrediu até a chamada Fusion Food, ou mistura de cozinhas e conceitos de diversas etnias. Tal mudança gerada pelo conhecimento da sociedade moderna fez com que a especialização da mão-de-obra se tornasse muito mais aprofundada, demandando conhecimento que a geração empírica dos séculos passados fosse substituída pela capacidade de aliar conhecimentos à prática profissional. A Gastronomia como tecnologia, apresenta-se no século XXI como a necessidade de fundamentar nos agentes sociais o conhecimento para, portanto, proporcionar a evolução desta nova ciência. Para se estudar tal arte hoje, se faz necessário o conhecimento de receitas antigas como as do caderno da vovó ou os ensinamentos dos cozinheiros mais experimentados, mas também ingressar no desafio de aliar grandes áreas do conhecimento às ações comunicativas da alimentação, como por exemplo, o estudo da composição química dos alimentos para aplicação dos métodos de cocção, ou ainda as técnicas gerenciais ou conhecimentos econômicos no empreendedorismo gastronômico.





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